quinta-feira, 4 de julho de 2013

Recordações Carnavalescas




Os carnavais da minha infância eram no Rink e na rua da Conceição. O Bloco dos Xavantes, de São Gonçalo, pareciam índios de verdade, com tangas, cocares e traziam bichos empalhados nas costas. Gritavam e dançavam durante todo o desfile. Sempre achei que eram de verdade. Os parentes sempre apareciam lá em casa, para assistirem o carnaval. Recordo de um fato engraçado. Tínhamos uma tia que morava no Fonseca, era tia do meu pai, alta, magra, cabelos volumosos  trançados e presos no alto da cabeça. Ela tinha os olhos saltados e grandes. Estava na praça, sentada, assistindo ao desfile Nisso, apareceu um bloco de pierrôs. Um dos pierrô se aproximou, olhou para a tia e falou: -De onde saiu essa bezerra?- Não prestou! A tia se levantou e disse poucas e boas para ele, que sumiu no meio do bloco, Foi uma cena inesquecível!
Na adolescência, o carnaval era mais na rua da Conceição. com desfiles de blocos, dia e noite. Saíamos de manhã, voltávamos para almoçar e pernas pra que te quero. Só regressávamos à noite. Era tudo na maior paz! Mais tarde, passamos a frequentar os bailes do Clube Gragoatá.
Quando trabalhava no Vital Brazil, com um grupo de colegas fazíamos fantasias e íamos para o Clube dos Fuzileiros Navais no Rio Tinha.uma colega de trabalho que se tornou muito amiga, Eneusa, vindo  a ser minha madrinha de Crisma. O irmão dela  era da Marinha, e nos levava ao baile. Íamos de barca. Lembro-me que eram diversas fantasias: índias, melindrosas, espantalho (no chapéu, bolas coloridas cheias e quando estourava uma, era o maior susto). Nós que costurávamos lá na casa de Eneusa, no Beltrão.
Um salto no tempo, em 2004, começamos a fazer o Bloco da Villa Aparecida que foi até 2010.  Cada um improvisava uma fantasia. Músicas de carnavais antigos e danças no quintal da Mister Cunditt. Valeu!!!!! E como!

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