terça-feira, 9 de julho de 2013

A infância

Aos domingos, depois do almoço, saíamos para passear. Mamãe nos levávamos para ver as vitrines das lojas no centro: rua da Praia, rua da Conceição, Jardim de São João, onde havia os lambe-lambes (fotógrafos). Naquele tempo, as lojas não precisavam lacrar e esconder com portas de aço as vitrines.
No Rink, havia um coreto onde as bandas tocavam. Havia cinema nas ruas. Tinha dia certo  na semana, então passavam séries, como o Gordo e o Magro, faroestes, notícias da semana E os anúncios da Casas Tupinambás,(de tintas), Pastelaria Imbuhy, etc Na nossa rua, ficava em frente a vila ,no largo, onde morávamos. No dia, as pessoas traziam bancos ou cadeiras para assistir ao Cine Club Fluminense. Para ficar na penumbra, as lâmpadas dos postes eram cobertas com um pano preto pelos encarregados da exibição.A última exibição foi, salvo engano, nos idos de 1963/64. Todos se reuniam na paz, sem nenhum receio de confusão. Era uma festa!
 O padeiro e o leiteiro traziam o pão e leite em casa, para quem quisesse. Seu Alberto trazia os pães, duas vezes ao dia no triciclo. Recordo das feições dele e o jeito calmo. Era moreno, cabelos pretos e lisos, rosto redondo. Gostava do pão doce com açúcar cristal e do provenço. Que delícia! Até hoje quando encontro pão provenço, compro, mas ainda não é igual ao gosto e sabor daqueles antigos. Quem não comprava o leite em casa, ia na esquina da rua Almirante Teffé com a Rua Andrade Neves (hoje há um sebo lá).  Iamos
muito cedo, de madrugada, na leiteria (o leite era mais barato e fresquinho lá). Levávamos a leiteira com tampa e os empregados pegavam o leite de uns galões grandes com as enormes conchas de alumínio e a enchia.

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