quinta-feira, 11 de julho de 2013

Já havia animador cultural.........

 Interessante! Já naqueles tempos, Seu Clóvis, um senhor magro, baixo e calvo (tinha um pouco de cabelo dos lados), que morava no final da rua Quinze, era um  animador para a criançada. Ele descia a rua de patins. Arranjava várias  brincadeiras na rua, como corrida de sacos, jogos. Estava sempre inventando alguma gincana ou competição. Vivia cercado pelas crianças e jovens.
 Recordo de algumas brincadeiras de infância: brincávamos na vila de roda, passar anel  de panelinhas. Nossas panelinhas eram as medidas, pequenas e de metais que vinham das latas de leite da Nestlé, que nossa vizinha de frente, nos dava. O marido dela, trabalhava nesta firma. Nossos fogões eram tijolos e gravetos, que pegávamos na subida do morro, atrás de casa. As latas, eram para cozinhar macarrão  de verdade, que não dava nas medidas  de leite. Nossas bonecas eram feitas por mamãe, de pano e com cabelos de lã (sobras dos novelos de D. Rosa, outra vizinha). Já praticávamos reciclagem rsrsrsr Depois,. Glorinha começou a fazê-las também. Tínhamos várias.
As outras crianças tinham panelinhas, fogões e bonecas compradas em lojas, mas gostavam de brincar com as nossas bonecas e nossos fogões. Lembro que ganhei um boneco de corpo de pano e cabeça, braços e pernas de louça, acredito que foi presente de outra vizinha, D. Emília. Coloquei o nome de Guilherme. Brinquei muito com ele, até que um belo dia, caiu e quebrou uma parte da cabeça.
Penso, que hoje a nossa infância seria alvo de estudos na psicologia. No colégio, se perdesse em
uma matéria no exame final, levava bomba, isto é, repetia o ano. Ninguém ficava traumatizado. Eu e Glorinha, com a graça de Deus, não perdemos nenhum ano. Vivíamos no meio de meninas com posses e brinquedos diversos, e nos contentávamos com os nossos reciclados.E éramos felizes!

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