Ficava na rua Domingues de Sá esquina com a Lemos Cunha, onde hoje tem um prédio enorme. Era muito bonito e passava, entre outros, os filmes épicos com longa duração, tipo Ben-Hur, e com intervalo na sessão, para irmos ao toilette e na bombonière (chique, não?). Uma pena ter acabado os cinemas de rua. Hoje só as apertadas salas nos shoppings.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
sábado, 13 de julho de 2013
Cinemas de Niterói - II
O cinema Central era na rua Visconde do Rio Branco onde hoje tem um bingo fechado, entre a rua José Clemente e a rua da Conceição.Ao lado do cine, havia uma loja que vendia bilhetes lotéricos e uma água gostosa chamada Hidrovita. O traje para entrar no cine era passeio completo. Os homens de paletó e as moças de vestidos e sapatos, geralmente de saltos altos. Quem não estivesse no traje apropriado, não adiantava reclamar que era barrado. Em dezembro de 1961, no dia do incêndio do circo, de triste memória, estávamos no Central. Lembro disso, porque saímos com vontade de ir ao circo e no meio do caminho, achamos que estaria lotado e resolvemos ir para o cinema. Quando saímos é que soubemos da tragédia mas não tínhamos a dimensão da mesma. Em casa, encontramos mamãe preocupada e com razão. Foi a Providência Divina que nos salvou;
Os cinemas de Niterói - I
O cine Imperial ficava onde é o Plaza, na rua Quinze. O prédio era muito bonito, mas na época em que frequentávamos o cinema já estava necessitando de reformas. Lembro de um filme em que mostrava um navio avariado e a tripulação lutando para se comunicar. Nisso, parece piada, escutamos o som do apito, só que era das barcas chegando. Já não havia a acústica necessária no cinema. Foi uma risada geral.
Na mesma rua, havia uma vila de casas, chamada vila Elza, que era em frente, se não me engano ao Teatro Municipal. Era larga e as casas antigas e bonitas.
A Mesbla, era um magazine, onde hoje é a Leader. Comprei um conjunto azul claro, calça à pescador e blusa com renda de arrastão, que estava na moda, em 66/67. O emocionante foi ser a primeira compra que fiz com meu salário do Vital Brazil.
Na mesma rua, havia uma vila de casas, chamada vila Elza, que era em frente, se não me engano ao Teatro Municipal. Era larga e as casas antigas e bonitas.
A Mesbla, era um magazine, onde hoje é a Leader. Comprei um conjunto azul claro, calça à pescador e blusa com renda de arrastão, que estava na moda, em 66/67. O emocionante foi ser a primeira compra que fiz com meu salário do Vital Brazil.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
Já havia animador cultural.........
Interessante! Já naqueles tempos, Seu Clóvis, um senhor magro, baixo e calvo (tinha um pouco de cabelo dos lados), que morava no final da rua Quinze, era um animador para a criançada. Ele descia a rua de patins. Arranjava várias brincadeiras na rua, como corrida de sacos, jogos. Estava sempre inventando alguma gincana ou competição. Vivia cercado pelas crianças e jovens.
Recordo de algumas brincadeiras de infância: brincávamos na vila de roda, passar anel de panelinhas. Nossas panelinhas eram as medidas, pequenas e de metais que vinham das latas de leite da Nestlé, que nossa vizinha de frente, nos dava. O marido dela, trabalhava nesta firma. Nossos fogões eram tijolos e gravetos, que pegávamos na subida do morro, atrás de casa. As latas, eram para cozinhar macarrão de verdade, que não dava nas medidas de leite. Nossas bonecas eram feitas por mamãe, de pano e com cabelos de lã (sobras dos novelos de D. Rosa, outra vizinha). Já praticávamos reciclagem rsrsrsr Depois,. Glorinha começou a fazê-las também. Tínhamos várias.
As outras crianças tinham panelinhas, fogões e bonecas compradas em lojas, mas gostavam de brincar com as nossas bonecas e nossos fogões. Lembro que ganhei um boneco de corpo de pano e cabeça, braços e pernas de louça, acredito que foi presente de outra vizinha, D. Emília. Coloquei o nome de Guilherme. Brinquei muito com ele, até que um belo dia, caiu e quebrou uma parte da cabeça.
Penso, que hoje a nossa infância seria alvo de estudos na psicologia. No colégio, se perdesse em
uma matéria no exame final, levava bomba, isto é, repetia o ano. Ninguém ficava traumatizado. Eu e Glorinha, com a graça de Deus, não perdemos nenhum ano. Vivíamos no meio de meninas com posses e brinquedos diversos, e nos contentávamos com os nossos reciclados.E éramos felizes!
Recordo de algumas brincadeiras de infância: brincávamos na vila de roda, passar anel de panelinhas. Nossas panelinhas eram as medidas, pequenas e de metais que vinham das latas de leite da Nestlé, que nossa vizinha de frente, nos dava. O marido dela, trabalhava nesta firma. Nossos fogões eram tijolos e gravetos, que pegávamos na subida do morro, atrás de casa. As latas, eram para cozinhar macarrão de verdade, que não dava nas medidas de leite. Nossas bonecas eram feitas por mamãe, de pano e com cabelos de lã (sobras dos novelos de D. Rosa, outra vizinha). Já praticávamos reciclagem rsrsrsr Depois,. Glorinha começou a fazê-las também. Tínhamos várias.
As outras crianças tinham panelinhas, fogões e bonecas compradas em lojas, mas gostavam de brincar com as nossas bonecas e nossos fogões. Lembro que ganhei um boneco de corpo de pano e cabeça, braços e pernas de louça, acredito que foi presente de outra vizinha, D. Emília. Coloquei o nome de Guilherme. Brinquei muito com ele, até que um belo dia, caiu e quebrou uma parte da cabeça.
Penso, que hoje a nossa infância seria alvo de estudos na psicologia. No colégio, se perdesse em
uma matéria no exame final, levava bomba, isto é, repetia o ano. Ninguém ficava traumatizado. Eu e Glorinha, com a graça de Deus, não perdemos nenhum ano. Vivíamos no meio de meninas com posses e brinquedos diversos, e nos contentávamos com os nossos reciclados.E éramos felizes!
terça-feira, 9 de julho de 2013
A infância
Aos domingos, depois do almoço, saíamos para passear. Mamãe nos levávamos para ver as vitrines das lojas no centro: rua da Praia, rua da Conceição, Jardim de São João, onde havia os lambe-lambes (fotógrafos). Naquele tempo, as lojas não precisavam lacrar e esconder com portas de aço as vitrines.
No Rink, havia um coreto onde as bandas tocavam. Havia cinema nas ruas. Tinha dia certo na semana, então passavam séries, como o Gordo e o Magro, faroestes, notícias da semana E os anúncios da Casas Tupinambás,(de tintas), Pastelaria Imbuhy, etc Na nossa rua, ficava em frente a vila ,no largo, onde morávamos. No dia, as pessoas traziam bancos ou cadeiras para assistir ao Cine Club Fluminense. Para ficar na penumbra, as lâmpadas dos postes eram cobertas com um pano preto pelos encarregados da exibição.A última exibição foi, salvo engano, nos idos de 1963/64. Todos se reuniam na paz, sem nenhum receio de confusão. Era uma festa!
O padeiro e o leiteiro traziam o pão e leite em casa, para quem quisesse. Seu Alberto trazia os pães, duas vezes ao dia no triciclo. Recordo das feições dele e o jeito calmo. Era moreno, cabelos pretos e lisos, rosto redondo. Gostava do pão doce com açúcar cristal e do provenço. Que delícia! Até hoje quando encontro pão provenço, compro, mas ainda não é igual ao gosto e sabor daqueles antigos. Quem não comprava o leite em casa, ia na esquina da rua Almirante Teffé com a Rua Andrade Neves (hoje há um sebo lá). Iamos
muito cedo, de madrugada, na leiteria (o leite era mais barato e fresquinho lá). Levávamos a leiteira com tampa e os empregados pegavam o leite de uns galões grandes com as enormes conchas de alumínio e a enchia.
Aurelianas Recordações
Lembro da época do Aurelino Leal, em que usávamos os olhos pintados com puxadinhos no canto (estilo gatinho), cabelos com coque alto, cheio de laquê, que deixava o cabelo bem duro (desmanchar era um sacrifício). Era uma trabalheira construir o coque. Enchimento de pano, algodão e até mesmo bombril. Quanto mais alto, mais bonito e elegante ficava. A diretora, que entrou em 64, era rigorosa. Fazia com que lavássemos os olhos e reclamava por causa dos cabelos. Era sempre uma confusão. Um salto no tempo: Lendo uma revista deste domingo, que vem junto ao jornal, vejo que os coques, apliques para suspender os cabelos estão voltando. As industrias criaram enchimentos em silicone e plásticos. Que maravilha! A moda de volta.........
Das recordações aurelianas, guardo o inicio de ser fã do Elvis Presley. Daí, surgiu a Nilda Presley e também as outras colegas, que adicionavam o sobrenome do artista preferido. Lembro de uma Sedaka, empolgadíssima. Bons tempos! No recreio, as meninas que sabiam cantar em inglês, começavam um divertido duelo, para que se votassem as melhores músicas.
Recordo das aulas de culinária A turma era divida em grupos para ajudar na cozinha, preparar o prato do dia e ajudar na arrumação e a servir à francesa a mesa da diretora, professores e convidados. Essa mesa era comprida e ficava no centro do refeitório. Em volta as mesas pequenas, para as alunas, que eram servidos por funcionários num tipo de bandejão. Engraçada, era a música que cantávamos na cozinha, após fazer o prato principal:
"Quero esse prato assim mesmo
Com o dedo de fulana,
Com as mãos de beltrana,
Com cabelo de sicrana
Quero esse prato assim mesmo,,,,,,,"
E assim iámos completando os versos, com os nomes das colegas e professora. Tínhamos que cantar baixo, pois senão era a maior bronca. Ríamos muito....
Penso que essas aulas passaram em branco para mim. Culinária? Servir à francesa? Como? E eu estava lá rssrsrs Lembro apenas do suflê de chuchu (parece brincadeira) e do fricassé. E os meninos brincam comigo até hoje se não vou fazer fricassé para o Natal.
Das recordações aurelianas, guardo o inicio de ser fã do Elvis Presley. Daí, surgiu a Nilda Presley e também as outras colegas, que adicionavam o sobrenome do artista preferido. Lembro de uma Sedaka, empolgadíssima. Bons tempos! No recreio, as meninas que sabiam cantar em inglês, começavam um divertido duelo, para que se votassem as melhores músicas.
Recordo das aulas de culinária A turma era divida em grupos para ajudar na cozinha, preparar o prato do dia e ajudar na arrumação e a servir à francesa a mesa da diretora, professores e convidados. Essa mesa era comprida e ficava no centro do refeitório. Em volta as mesas pequenas, para as alunas, que eram servidos por funcionários num tipo de bandejão. Engraçada, era a música que cantávamos na cozinha, após fazer o prato principal:
"Quero esse prato assim mesmo
Com o dedo de fulana,
Com as mãos de beltrana,
Com cabelo de sicrana
Quero esse prato assim mesmo,,,,,,,"
E assim iámos completando os versos, com os nomes das colegas e professora. Tínhamos que cantar baixo, pois senão era a maior bronca. Ríamos muito....
Penso que essas aulas passaram em branco para mim. Culinária? Servir à francesa? Como? E eu estava lá rssrsrs Lembro apenas do suflê de chuchu (parece brincadeira) e do fricassé. E os meninos brincam comigo até hoje se não vou fazer fricassé para o Natal.
quinta-feira, 4 de julho de 2013
Recordações Carnavalescas
Os carnavais da minha infância eram no Rink e na rua da Conceição. O Bloco dos Xavantes, de São Gonçalo, pareciam índios de verdade, com tangas, cocares e traziam bichos empalhados nas costas. Gritavam e dançavam durante todo o desfile. Sempre achei que eram de verdade. Os parentes sempre apareciam lá em casa, para assistirem o carnaval. Recordo de um fato engraçado. Tínhamos uma tia que morava no Fonseca, era tia do meu pai, alta, magra, cabelos volumosos trançados e presos no alto da cabeça. Ela tinha os olhos saltados e grandes. Estava na praça, sentada, assistindo ao desfile Nisso, apareceu um bloco de pierrôs. Um dos pierrô se aproximou, olhou para a tia e falou: -De onde saiu essa bezerra?- Não prestou! A tia se levantou e disse poucas e boas para ele, que sumiu no meio do bloco, Foi uma cena inesquecível!
Na adolescência, o carnaval era mais na rua da Conceição. com desfiles de blocos, dia e noite. Saíamos de manhã, voltávamos para almoçar e pernas pra que te quero. Só regressávamos à noite. Era tudo na maior paz! Mais tarde, passamos a frequentar os bailes do Clube Gragoatá.
Quando trabalhava no Vital Brazil, com um grupo de colegas fazíamos fantasias e íamos para o Clube dos Fuzileiros Navais no Rio Tinha.uma colega de trabalho que se tornou muito amiga, Eneusa, vindo a ser minha madrinha de Crisma. O irmão dela era da Marinha, e nos levava ao baile. Íamos de barca. Lembro-me que eram diversas fantasias: índias, melindrosas, espantalho (no chapéu, bolas coloridas cheias e quando estourava uma, era o maior susto). Nós que costurávamos lá na casa de Eneusa, no Beltrão.
Um salto no tempo, em 2004, começamos a fazer o Bloco da Villa Aparecida que foi até 2010. Cada um improvisava uma fantasia. Músicas de carnavais antigos e danças no quintal da Mister Cunditt. Valeu!!!!! E como!
Estádio do Caio Martins
Nos tempos do Grupo Escolar e Ginásio, as comemorações cívicas escolares eram no Estádio Caio Martins. Lembro-me de duas. Uma, dançamos o frevo (seria o Vassourinha?). A roupa de cetim era azul-rei, composta de uma blusa e saia plissada (Glorinha lembra bem), era debruada de amarelo. Estava muito animada e dancei para valer! Lembro ainda do Armarianho, onde se plissava a saia, na rua José Clemente, no local onde hoje é o Banco Itaú, atrás da Prefeitura velha.
A outra, foi no Canto Coral. Uma das músicas apresentadas era de Villa-Boas. Lembro uma parte:
"Ó manhã se sol, anhangá fugiu
Anhangá ê, ê
Ah! foi você quem me fez sonhar
Para chorar a minha terra
Guaraci, ê, ê
Anhangá fugiu..........."
A outra era Andorinha Preta, que veio a ser um sucesso internacional ao ser gravada por Nat King Cole. Música de Breno Ferreira:
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Vai, andorinha preta,
De asa arrepiada,
Vai, vai dormir teu sono andorinha, ô
Que é de madrugada.
Ai tanta coisa não devia se fazer
Tantas vezes as gente chora
Por deixar seu bem querer
Minha cabocla foi-se embora do sertão
Fez que nem as andorinhas
Foi buscar outro verão.
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola'
Era tudo de bom, esse tempo de Coral.
"
A outra, foi no Canto Coral. Uma das músicas apresentadas era de Villa-Boas. Lembro uma parte:
"Ó manhã se sol, anhangá fugiu
Anhangá ê, ê
Ah! foi você quem me fez sonhar
Para chorar a minha terra
Guaraci, ê, ê
Anhangá fugiu..........."
A outra era Andorinha Preta, que veio a ser um sucesso internacional ao ser gravada por Nat King Cole. Música de Breno Ferreira:
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Vai, andorinha preta,
De asa arrepiada,
Vai, vai dormir teu sono andorinha, ô
Que é de madrugada.
Ai tanta coisa não devia se fazer
Tantas vezes as gente chora
Por deixar seu bem querer
Minha cabocla foi-se embora do sertão
Fez que nem as andorinhas
Foi buscar outro verão.
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola
Eu tinha uma andorinha que me fugiu da gaiola'
Era tudo de bom, esse tempo de Coral.
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