segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Bailes no Clube Gragoatá

      Havia domingueiras e bailes aos sábados no Gragoatá. Um senhor, Henrique, que morava no final da rua Quinze, era sócio do clube e por isso entrávamos de graça. Éramos colegas da filha dele, Elza.
Ele morava onde hoje fizeram a rampa de acesso para a Moacir Padilha. Íamos sempre com um responsável pelas meninas, às vezes, mamãe.
      As moças aguardavam os rapazes tirá-las para dançar. Se recusássemos uma dança, tínhamos que aguardar a próxima, não se podia escolher outro rapaz, senão era confusão pela desfeita. Se nenhum rapaz viesse convidarmos, era "chá de cadeira". Ainda bem que nosso grupo sempre dançava e muito.
      O Carnaval era  em galpão  que fizeram em frente ao clube. Dançávamos as três noites, sempre tendo um responsável pelas meninas. Na terça-feira gorda, quando dava meia noite as luzes apagavam e tínhamos que sair, pois na quarta-feira de cinzas não se podia ouvir nenhuma música nem nas ruas e nos rádios, só músicas clássicas. Que diferença para hoje, não? O carnaval dura uma ou mais semanas......
        Lembro de um carnaval que ficamos até apagar as luzes da terça-feira e para nos agruparmos, Nena, um de nossos amigos, cantou:" Allah-lá-ô  mais que calor, ô, ô......" e pela voz nos reunimos na escuridão. Vínhamos a pé pela rua da Praia (atual Visconde do Rio Branco). Na praça do Gragoatá tinha balanço e ainda brincávamos lá,  na maior tranquilidade. Bons tempos para recordar!

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